Julie Melo Braga///
Vitória garantida?
As primeiras aparições de Dilma Rousseff logo após o encerramento da apuração dos votos não mostrou aquela Dilma com a cara de “fofinha” que ela tentou passar durante toda sua campanha. É claro que não era para ela está radiante, afinal não venceu de primeira. Mas seu abatimento provou o quanto a petista já estava segura de sua vitória. Marina Silva também não ganhou, nem sequer foi para o segundo turno e, no entanto, não se abateu – aparentemente – de forma alguma. Apenas perdeu a voz. Vamos ver agora como a petista se portará, após a vitória garantida ter escapado à suas mãos.
Ufa, mas nem tanto
José Serra respira agora aliviado, pelo menos por enquanto, depois de um primeiro turno apertado e com a vitória petista quase certa. Pois é, os brasileiros provaram que não vão engolir tão facilmente Dilma Rousseff. Embora o tucano tenha conseguido levá-la para o segundo turno, ainda não é o momento de relaxar e comemorar. A corrida agora pode ser ainda mais difícil, pois não haverá mais um outro concorrente forte – Marina Silva, crucial para sua não derrota já no primeiro turno.
Nem azul nem vermelho, a onda agora é verde
Por falar em Marina, a candidata verde, apesar de não ter ido ao segundo turno, como desejava, está feliz pelos 20% dos votos que conquistou. De fato, ela não passou despercebida. Inclusive, venceu com 41% no Distrito Federal e, no Rio de Janeiro, venceu Serra e alcançou o segundo lugar. Com o fim de sua campanha, Marina diz ainda não ter decidido quem vai apoiar no segundo turno e se vai apoiar. Primeiro, ela quer se reunir com seu partido (PV), que se diz dividido entre Serra e Dilma. Apesar de estar fora da corrida presidencial, Marina agora é mais importante do que nunca para o segundo turno. Já está sendo disputada pelos dois candidatos e seus respectivos partidos. Entretanto, ela afirma que só tomará a decisão dentro de duas semanas. Tucanos e petistas vão agora deixar o azul e o vermelho, respectivamente, e aderir a “onda verde”.
Adeus a João e Albano?
Em Sergipe, não deu para o democrata João Alves Filho. Apesar dos 45% dos votos, Déda (PT) levou a melhor, com 52%. Sua reeleição ficou por conta dos municípios do interior do estado, não pela capital. Além de ter vencido, os dois candidatos ao senado de sua coligação (Para Sergipe continuar seguindo em frente), Eduardo Amorim e Valadares, também foram eleitos. Quem ficou de fora também foi o veterano Albano Franco, que nunca havia perdido uma eleição. Será que, depois de tanto anos na vida política – correta ou corrupta –, os eleitores sergipanos resolveram aposentar Albano e João?
2 comentários:
A política necessita de renovação. Falo isso no geral, adeus PT e velhas oligarquias, já que o PT em quase nada difere destas, a não ser pela fome de poder a qualquer custo. Contudo, no quadro em que estamos, não tenho dúvidas de que o melhor para Sergipe seria João Alves. Em nível de Brasil, no 2º turno, espero que o povo tenha um pouco mais de consciência política e vote em Serra, afinal, é o único que tem propostas plausíveis e um histórico político relevante.
Gostaria também de fazer uma pergunta aos petistas: em que vocês inovaram na política brasileira? Penso que até uma pessoa mediana percebe que a política do governo Lula é a cópia idêntica, ou melhor, a continuação do governo FHC. Todavia, realmente há uma diferança: Lula é populista sem visão de nada...literalmente, certo?! isso em nada acrescenta.
Concordo com tudo que disse, "Anônimo". Obrigada por comentar e por acrescentar com suas ideias. Toda opinião, favorável ou oposta, é benvinda aqui!
Julie
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