\\\Julie Melo Braga///
Em plena era das redes sociais – era de muitas outras coisas também –, perguntar quem não tem celular ou internet já está muito ultrapassado. A questão agora é: quem não tem Orkut? Facebook? Twitter? Formspring? Ou até todos estes de uma vez só (fora, obviamente, todos os problemas da Educação e da Inclusão Social do nosso país)? Quem não está conectado a uma dessas redes pode-se dizer que está desatualizado. Estamos, Júnior e eu, desatualizados, então? Sim, nós estamos. Mas assistimos aos jornais, acompanhamos o que está acontecendo no mundo. Não importa. Em que século vivemos? Se não fazemos parte de pelo menos uma dessas redes, estamos excluídos da sociedade virtual, que hoje praticamente nem se distingue da real.
E, por que estamos fora das mídias sociais? Porque, por incrível que pareça, não nos identificamos com elas. Mas não foi só para nos “inserir” que criamos um blog. Fizemo-lo porque ele, sim, é a nossa cara. Ele é a ferramenta que nos colocará em contato com o “mundo”, na medida exata do que pretendemos. Nada contra os orkuteiros, twitteiros etc. de plantão. Mas com um blog, apenas a expressão necessária será explicitada, nada mais. Bom, deixe-me contar-lhes, então, como tudo começou.
Ao entrar na faculdade, só por estar cursando jornalismo, sentia-me na obrigação de ter um blog. Quase todos na turma tinham um. Como eu podia não ter um também? Achava um absurdo, mas, com o tempo, fui relaxando. A ideia sempre viva na mente, claro, mas aquele sentimento de obrigação foi, aos poucos, deixando de reinar em mim. “Acabei de entrar na faculdade. Na hora que tiver de ser, esse blog vai acontecer e pronto”, pensava eu. Porém, quando penso que estou livre da culpa por não ser blogueira, eis que surge Júnior – este mesmo, autor também deste blog – querendo também criar um blog e reascendendo aquela velha chama no meu coração. Volta, então, a agitação inicial: blog, blog, blog... Cadê esse blog que não sai?! Agora a vontade de um era a vontade dos dois.
Embora inquietos e ansiosos para por em prática nossa ideia, fomos deixando o tempo passar. Sempre ocupados com os afazeres acadêmicos, não queríamos simplesmente criar um blog e abandoná-lo. Queríamos um blog, sim, mas não um blog de qualquer jeito. Ele tinha que ser bem cuidado e constantemente atualizado. Até que chegaram as férias e dissemos: é agora ou nunca. E foi agora. Ainda bem, porque já estava quase acontecendo um brainstorm (tempestade de ideias, ao pé da letra) na minha cabeça. Tínhamos muita pressa, mas não uma pressa irresponsável. Era – e ainda é – uma pressa gostosa, sem querer atrapalhar o curso natural das coisas, que canalizamos para a lista de assuntos de que aqui queremos tratar.
E foi assim que o velho blog novo nasceu. Na verdade, ele já existe há muito tempo, mas só agora ganhou vida. Ele tinha de acontecer naturalmente e, portanto, estava esperando o momento exato para o seu despertar. Assim, podemos chamá-lo de crônico, pois, além de existir há muito tempo na nossa fértil imaginação, ele chegou na hora certa. E as outras redes sociais de que havia falado no início, bem, vamos continuar a não fazer parte delas, pelo menos por enquanto. O blog reúne tudo ou quase tudo de nossa expressão enquanto seres sociais. Então, estamos bem assim, obrigada!
Fonte, imagem: Google.
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