Por Julie Melo Braga
O ano é 2013 e estamos na Era Digital. E o jornalismo,
como anda nessa história? Bom, o jornalismo digital ou online (eu,
particularmente, prefiro esta segunda adjetivação) tem uma história recente
ainda, mas que caminha a passos largos, pois o tempo não espera (com o perdão
dos trocadilhos). A internet, então, popularizou-se e tornou-se um meio bastante
viável para se publicar notícias.
Silva Jr. (2001) dividiu o jornalismo online em dois: o
transpositivo e o hipermidiático. O primeiro se resume à transcrição do jornal
impresso para a web. O segundo já se volta mais para as possibilidades de
utilização de recursos digitais e a produção de conteúdo específico para a
plataforma online. Já John Pavlick, da Universidade de Columbia, dividiu o
jornalismo online em mais uma parte, em que o jornal é produzido exclusivamente
para a internet. Ele chamou essas três categorias de primeira, segunda e
terceira gerações.
O rápido desenvolvimento tecnológico e o surgimento de
novas linguagens na internet acabam desencadeando também o aparecimento de
jornais da “terceira geração”. Hoje, mais que a hipertextualidade, podemos
encontrar a hipermodalidade nos jornais online, isto é, a possibilidade de reunir
texto escrito e falado, sons, música, vídeo, animação, fotografia, imagens e gráficos,
dando ao leitor diversas opções e modos de leitura. É o caso dos jornais O
Globo (RJ), Estadão (SP) e Jornal da Imprensa (GO), só para citar alguns
exemplos.
Se, por um lado, alguns jornais buscam se desenvolver na
web e até superar suas versões impressas, o que é permitido pelo avanço
tecnológico, por outro, outros jornais parecem não estar muito interessados
nessa modalidade de jornalismo. O Jornal do Brasil (RJ) é um ótimo exemplo de
conteúdo produzido exclusivamente para a web, já que o impresso saiu de
circulação em 2010. Porém, ainda há aqueles que vivem na “primeira geração”, com
a mera transcrição do conteúdo impresso. É o que fazem os jornais sergipanos
Correio de Sergipe e Jornal da Cidade.
Boatos dão conta de que os jornais, um dia, cobrarão pelo
acesso ao seu conteúdo online. Isso quando tirarem seus exemplares impressos de
circulação. Mas, enquanto o acesso é grátis, os jornais online que se cuidem,
pois precisam se atualizar a cada dia, não apenas nas notícias, mas também – e principalmente
– nos recursos de exibição e interação com o leitor.
Lembrando ainda que a composição de um jornal online
depende não só de jornalistas e textos, mas também de designers gráficos e
outros profissionais responsáveis pela sua arte. Mas isso é assunto para outra
conversa...
*Fonte das imagens: Google
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