A profissão de jornalista é dinâmica. O fazer
jornalístico requer jogo de cintura dos jornalistas para lidar com o que der e
vier. É um profissional que deve estar, no mínimo, familiarizado com diversos
saberes e preparado para aprender e incorporar novas técnicas durante toda a
carreira. É assim que Suyene Correia, do Jornal da Cidade, vem pautando
a sua ao longo dos últimos 11 anos. Para conhecer sua opinião sobre o momento
atual do jornalismo, confira a entrevista a seguir.
Suyene Correia (fonte: Google) |
SimTemosPressa - Quais os pré-requisitos para ser um jornalista hoje?
Suyene Correia - Hoje e sempre, para ser
jornalista, é preciso três coisas bem básicas: estar antenado com o que
acontece na sua localidade e no mundo; saber se comunicar com o público
através de uma escrita direta, criativa e aprofundada sobre o assunto, no caso
da imprensa escrita, onde atuo, e nunca esquecer o compromisso com a ética.
STP - Fale um pouco sobre os meios em que você atua e já atuou.
SC - Há 11 anos atuo no Jornalismo
Cultural, escrevendo para o Caderno de Variedades no Jornal da Cidade. Meu foco
é mais o cinema e como válvula de escape para outras elocubrações, resolvi
criar o blog Bangalô
Cult , há quase seis anos. Também já comandei um programa de rádio na
Aperipê FM, o Claquete, durante um ano, e colaborei para a revista Ícone e para
o Portal Infonet, dando dicas de DVDs.
STP - Você utiliza a internet a favor da
sua profissão? Como?
SC - Sim, utilizo muito a internet. É um
banco de dados fantástico, serve como referência para me ajudar em matérias
mais complexas e que demanda pesquisa. Claro que procuro fontes confiáveis,
para não publicar falsos dados. Também o facebook, atualmente, tem sido um meio
de divulgação de eventos na cidade e me ajuda muito a compor a agenda cultural
veiculada semanalmente no JC.
STP - Que ferramentas online você utiliza?
SC - Não tenho twitter. Só facebook.
Navego muito no youtube, também, garimpando novos sons.
STP - Na sua opinião, os jornais impressos sucumbirão aos jornais online?
SC - Essa história do impresso sucumbir ao
jornal on line, acho que está longe de acontecer. Pelo menos para publicações
como o Zero Hora (RS), O Estado de São Paulo (SP), O Globo (RJ). Isso porque
essas empresas têm excelentes profissionais, que fazem com que o leitor faça
questão de comprar o jornal para guardar aquela página bem diagramada, a ótima
cobertura que um crítico fez do Festival de Cannes ou do Lollapalooza, uma
crônica bem escrita de um ícone da literatura como Veríssimo ou Ignácio de
Loyola. Já outras empresas, que não estão investindo numa nova concepção
jornalística - e isso daria horas de conversas e dezenas de laudas, se fosse
para eu me aprofundar -, realmente correm o risco de acabar, bem mais cedo do
que imaginam. Há uma necessidade de se rever o modelo ultrapassado e capenga
que perdura há anos, em certos diários.
STP - O que você acha que poderia ser
feito para que, no futuro, jornais impressos e online pudessem conviver em
harmonia?
SC - Investimento em ambos os meios. O que
acontece muito hoje é um descompasso nesse sentido. As empresas estão
investindo mais no on line, que no impresso. É preciso que haja um equilíbrio
para que os dois consigam andar bem, sem um engolir o outro.
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